Páginas

Pesquisar este blog

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Galinha

Morta
flutua no chão.
              Galinha.

Não teve o mar nem
quis, nem compreendeu
aquele ciscar quase feroz. Cis-
cava. Olhava o muro,
aceitava-o, negro e absurdo.

        Nada perdeu. O quintal
        não tinha
                    qualquer beleza.
                                            Agora
as penas são só o que o vento
roça, leves.
                 Apagou-se-lhe
toda a cintilação, o medo.
Morta. Evola-se do olho seco
o sono. Ela dorme.
                            Onde? onde?


Nenhum comentário:

Postar um comentário